C. F, ilustre
pregador e escritor, entre seus livros lançou um pequeno opúsculo
com o título “A Igreja fora do portão”. O livro é pequeno, mas
a mensagem é profunda e muito oportuna.
Diz o autor que
os cristãos evangélicos em particular, vivem muito atrás dos
portões, fechados para si. Certa feita os discípulos também
ficaram atrás de portas trancadas, com medo dos judeus. Jesus,
ressuscitado, entrou ali e prometeu paz a eles, e incentivou-os a que
saíssem levando as boas novas a todas as gentes. Custou algum tempo,
até que o Senhor permitiu uma perseguição, só então, registra
Lucas em Atos 8:4, “os que foram dispersos iam por toda a parte,
anunciando a Palavra”. Em Atos 11:19 ainda se afirma que anunciavam
a palavra somente aos judeus. Foram então alguns cíprios e cirenenses
que abriram o portão e começaram a pregar também aos gregos.
Certa
ocasião eu me encontrava em frente de um estabelecimento bancário,
que ainda estava fechado. Muitas outras pessoas também estavam ali.
Entre eles algumas pessoas me conheciam, e sabendo que eu era pastor,
perguntaram por alguns dos membros, não pude responder às
perguntas. Foi, então, que um dos circunstantes disse:
- O Pastor, se conhece os membros, ele só os conhece lá dentro. Mas, nós os conhecemos aqui fora.No tom de voz e da maneira como este cidadão falou, dava para compreender que ele dizia que os membros das igrejas, quando estão no templo, têm uma conduta, e quando estão fora do templo têm outra.C.F. Diz no seu livro:“A manifestação cúltica do lado de dentro tem que ser, antes e sobretudo, afirmada do lado de fora”.Em outras palavras, se não há culto na vida, não há vida no culto.Não adianta sairmos para fora do portão se não sairmos com o perfume da vida, como diz Paulo em 2 Coríntios 2:15.Há de ser necessário nos municiar dentro, para viver a beleza da presença de Cristo fora. Só assim seremos o sal da terra e a luz do mundo. Permita, meu irmão, que o Espírito Santo lhe habilite a viver triunfante por Cristo, também fora do portão e das paredes de seu templo.H.M.
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